Em um dos atos incoerentes está os comentários da gestora com os funcionários. “Em alto tom afirmou que os profissionais não resolvem nada em sua ausência, já que o CAPS ‘quase fechou’ em seu dia de folga (calúnia). Mandou a equipe ter cuidado, pois está em período probatório (tom de ameaça). Feriu o desempenho profissional da Assistente Social, da Psicóloga e da equipe como um todo quando falou que ninguém trabalha, apenas ela”, afirma o relatório.
Outro trecho do relatório fala de práticas condenadas pelo Conselho Regional de Medicina. “No dia 13 de setembro de 2010, a técnica de enfermagem não pode comparecer ao trabalho por motivos pessoais e não tinha ninguém que preparasse a medicação e dispensasse. Nós enquanto profissionais temos um conselho que nos rege e nos proíbe de manipular medicação, tendo em vista que não é nossa função e nem dominamos tal técnica farmacêutica. Quem realizou a dispensação de medicamentos neste dia foi a antiga artesã. O precedimento mais coerente, neste caso, seria ter acionado a coordenadora para que a mesma acionasse o secretário solicitando uma substituta para dispensar medicação, porém ao que sabemos isto não foi realizado. O perigo principal do manuseio da medicação é que não temos experiência na atuação, o conselho de medicina pode nos caçar e os demais conselhos também (psicologia, terapia ocupacional, farmácia e assistência social) e o mais grave é, como são medicamentos controlados o seu uso incorreto, assim como qualquer medicação, pode OCASIONAR EFEITOS COLATERAIS GRAVÍSSIMOS, LEVANTO ATÉ MESMO A ÓBITO. Então quem responde pelo fato? Aquele que manipulou e dispensou a medicação. Por mais que a senhora diretora já tenha falado, em alto e bom tom, que conselhos e leis em um interior não funcionam, nós, enquanto profissionais de uma unidade primária de saúde sabemos que nestes momentos quem responde é quem atuou de forma errada”, aponta o documento.
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