A Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD), com
apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP),prendeu nesta
terça-feira (13) à noite o hacker Djanilton Xavier Silva dos Santos, 20,
logo após ele sair de uma empresa especializada em gerenciamento de
sites, levando a quantia de 500 reais, frutos de extorsão.
Djanilton
Xavier é sócio de uma lan house, no bairro de Felipe Camarão, onde
mora, na zona Oeste de Natal. O outro dono do estabelecimento é soldado
do Exército João Leno Moura do Nascimento, que disse aos policiais não
saber da prática criminosa praticada pelo acusado.Segundo policiais que participaram da investigação, há cerca de cinco
meses, Djanilton começou a invadir sites, quando verificou alguns sob a
responsabilidade da empresa que virou seu alvo, sediada em Capim Macio,
zona Sul da cidade. Por e-mail, o hacker comunicou às vítimas que
continuaria a agir, mas que poderia dar uma trégua, caso fosse
recompensado financeiramente.
O dono do estabelecimento entrou em
contato com policiais da DEFD, na segunda-feira (12), comunicou o fato e
disse que no dia seguinte havia marcado o encontro com o acusado, que
buscaria a quantia exigida, por volta das 18 horas. Djanilton assinou um
recibo se comprometendo em passar dois anos sem agir contra os sites
administrados pela equipe daquele estabelecimento e demonstrou ter amplo
conhecimento na área da informática, tudo na presença de um policial
disfarçado de funcionário da firma. Na saída, ele recebeu voz de prisão.
Na
carteira de Djanilton, o dinheiro recebido minutos atrás. De Capim
Macio, ele foi levado à sua casa, onde os policiais fizeram uma revista,
mas nada encontraram que tivesse relação com o fato. Acompanhados de um
perito do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), os agentes de
Polícia Civil levaram Djanilton, conhecido como "Djan", à lan house,
onde o computador utilizado por ele foi examinado pelo especialista e
apreendido.
Djanilton contou que utilizava o codinome "D3XSS"
para "se divertir invadindo os sites" e também se dizia líder do
"Comando C3PRO", quando se conectava à rede mundial de computadores. O
preso contou que o fato de ter começado a trabalhar numa lan house
despertou sua curiosidade para saber como os hackers agiam e garante ter
aprendido tudo sozinho.
Foi na lan house que os policiais
souberam que Djanilton Xavier era sócio do soldado João Leno. A mãe do
militar, ao perceber a movimentação no estabelecimento comercial, foi
até lá, disse estar surpresa com a prisão de "Djan" e, por telefone,
falou com o filho, que estava de serviço e foi levado à Delegacia de
Plantão da Zona Sul, onde afirmou não saber do envolvimento do acusado
com crimes cibernéticos. Djanilton foi preso por extorsão, caracterizada
pelas ameaças que fez por e-mail e pelo recibo assinado por ele.

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