terça-feira, 9 de agosto de 2011

Polícia vai investigar morte e a causa do desabamento.

O Corpo de Bombeiros interditou o que restou do prédio do Mercadinho Mandacaru, que funcionava vizinho à Igreja de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz, na região do Trairi. O ponto comercial ruiu ontem pela manhã, matando o aposentado Antônio José da Silva, de 62 anos. Três outras pessoas ficaram feridas. Também saíram feridos a dona do mercadinho, Edna Maria de Araújo Onofre, 33 anos, que foi levada para o Hospital Regional Aluísio Bezerra e até ontem à tarde estava internada e não corria risco de morte, e ainda Maria Vitória Bezerra de Lima, que sofreu apenas escoriações. Ela fazia compras na hora  do desabamento do telhado e de uma parte da estrutura do prédio.

Outra vítima, o aposentado Leônico Etelvino de Araújo, 73 anos, sofreu fratura nas pernas e foi levado para Parnamirim onde foi socorrido no Hospital Deoclécio Marques Lucena, segundo informação da Polícia Civil de Santa Cruz, cidade a 120 km a noroeste de Natal.

O delegado regional de Santa Cruz, Petros Antonius Gomes Ferreira, afirmou que vai aguardar o laudo pericial do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) para dar andamento ao inquérito policial - "já que houve uma morte" -, mas em princípio deve indiciar a dona do  mercadinho por homicídio culposo, sem intenção de matar.

Gomes Ferreira disse ainda, por telefone, que a perícia do Itep fez o levantamento relacionado à morte do aposentado, inclusive tirando fotografias do local do acidente. Segundo ele, o Itep deve mandar outra equipe à Santa Cruz, da parte da engenharia, para periciar o local, onde havia a construção de outro prédio vizinho ao que desabou.

O delegado  informou que os dois prédios eram antigos e onde funcionava o mercadinho "era alugado". Provavelmente, disse ele, apesar de estar esperando pelo laudo pericial do Itep, de que o outro prédio em construção pode ter ocasionado o problema, "porque as paredes eram conjugadas".

Chefe da equipe de oito bombeiros que foram a Santa Cruz em dias viaturas do Corpo de Bombeiros tenente André Góis contou que foi a Polícia Militar a prestar os primeiros socorros aos feridos. A equipe foi  acionada por volta das 9:50 e chegou à cidade por volta das 11 horas, mas a primeira providência tomada "foi de remover os escombros para averiguar se ainda tinha alguém soterrado".

O tenente Góis declarou que o local foi interditado e só será liberado depois que o laudo pericial do Itep apontar se "o que ficou em pé não tem mais risco de cair". Góis afirmou que os proprietários do  mercadinho têm um prazo de cinco dias para se apresentar ao Serviço Técnico de Engenharia (Serten) do Corpo de Bombeiros e prestar informações necessárias sobre o prédio, que em princípio não tem o "habite-se" para funcionar.

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