sábado, 18 de junho de 2011

Milho está escasso e de baixa qualidade.

A não ser que haja alguma mudança no abastecimento, mas para quem foi na tarde de ontem à feira do milho, no Mercado do Produtor situado ao lado do Caic de Lagoa Nova, viu que precisará correr para garantir a tradição mesa junina, com pamonha, canjica, milho cozido e assado, além de outras iguarias.

Além de escasso, o cereal que havia no fim da tarde na feira, na rua Jaguarari com a Capitão-mor Gouveia, não tinha tanta qualidade. "O que resta é maduro ou está secando", admitia o vendedor José Luiz Herculano, que comprou milho oriundo do município de Touros.

José Herculano dizia que trabalha com a venda de milho no período do São João há oito anos, mas admitiu que a oferta de milho este ano não é tão grande,"porque muita coisa a chuva levou".

"Milho está em falta, porque muita gente também não plantou", continuou Herculano, que ainda se diz otimista com a possibilidade de receber milho plantado no começo de abril: "São 90 dias para a colheita". Os comerciantes da feira do milho estão comprando um milheiro de milho aos atravessadores a R$ 350 e até R$ 400,00Os comerciantes da feira do milho estão comprando um  milheiro de milho aos atravessadores a R$ 350 e até R$ 400,00. No começo do dia, uma "mão", que corresponde a 50 espigas, estava sendo vendida a R$ 25,00, mas no final da tarde, já estava valendo R$ 30,00.

Professor do Colégio Bereiano, no Tirol, Marcelo Moura, pretendia comprar 200 espigas para a festa da colheira, que é realizada com os alunos. "Tem a época de seca e de produção, ai a gente comemora", dizia ele, a respeito do evento, que por coincidência, ocorre no período junino.

Dona Aparecida Abreu disse que ao chegar, "sentiu que o milho estava caro", porque não tinha mais oferta. Mesmo assim, ela disse que ia levar para não perder a viagem.

Tradição

Festejos de São João também é a época de se acender a fogueira. Quem quiser manter a tradição, também não precisa se preocupar com a questão ecológica ou algum possível desmatamento, porque madeira, os vendedores estão indo buscar no antigo lixão de Cidade Nova, onde são jogados os falhos de árvores que são podadas na cidade. "A gente compra a madeira já cortada", diz Leandro Martins Jerônimo, 17 anos, que todo ano ganha alguns trocados com a venda de fogueiras na avenida Prudente de Morais. Leandro Martins disse que uma fogueira é vendida a partir de R$ 20,00:"Mas a gente faz do jeito que o cliente quer". Segundo ele, já quando se aproxima o São João e o São Pedro, para não sobrar nada, faz, literalmente, o queima de fogueira a R$ 10,00 e R$ 15,00.

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