O economizador da vez é o Eco Chip. Desenvolvido pelo engenheiro alemão Walter Haberl, que mora no Brasil, ele é vendido há cerca de um ano, por preços que começam em 499,99 reais, para motores até 1,4 litro. A Eco Motor Systems, fabricante do produto, não explica tecnicamente como ele funciona, só diz que o Eco Chip atua diretamente na central eletrônica do veículo, mas sem alterar as configurações originais. A economia prometida é de até 50%, porém o cliente pode pedir reembolso se a eficácia não ultrapassar os 30%.
Entramos em contato com a empresa, que recomendou usarmos um Logan 1.0 em nosso tira-teima. Solicitamos o carro à Renault e o levamos para a pista de testes, sem o Eco Chip. No ciclo urbano, o consumo foi de 7,5 km/l, e no rodoviário, 9,9 km/l.
Ao recebermos pelo correio o Eco Chip, uma caixinha plástica de cerca de 4 cm de comprimento, seguimos o ritual de instalação, descrito em um manual enviado por e-mail para o comprador. O próprio usuário deve colá-lo no compartimento do filtro de ar, de frente para o tubo que abastece o motor, com silicone ou cola quente.
As instruções pedem que, após a instalação, uma foto seja enviada por e-mail para a empresa checar se a colocação foi bem feita. O manual informa que se deve rodar "centenas de quilômetros para o produto ser ativado". Procurada, a Eco Motor Systems disse que o número mínimo para o Logan era de 30 a 50 km em dois períodos ao dia, em três dias consecutivos.
Depois de cumprir essa etapa, levamos de novo o sedã para a pista e o resultado foi praticamente o mesmo. No ciclo urbano, o consumo ficou em 7,5 km/l e o rodoviário registrou 9,8 km/l. O fabricante afirma que o resultado não condiz com os testes feitos pela empresa e que a maioria dos seus clientes aprova o produto.